Tromboembolia pulmonar (TEP) é caracterizada pela obstrução de uma ou mais artérias dos pulmões por coágulos. TEP aguda é uma enfermidade potencialmente fatal, e uma das principais causas de emergência cardiovascular, sendo que em cerca de 1/4 dos casos pode até evoluir em morte súbita.
A incidência anual varia de 23 a 69 casos para cada 100.000 habitantes, com mortalidade de até 30% nos pacientes não tratados, porém, se corretamente diagnosticado e tratado, pode haver redução desta taxa para 2,5 a 10% nos pacientes tratados adequadamente. Entre as doenças cardiovasculares é a 3ª causa de morte, ficando atrás somente de infarto agudo do miocárdio (IAM) e AVC (acidente vascular cerebral/encefálico).
Os sinais e sintomas dependem da extensão, e, consequentemente, da gravidade da embolia pulmonar.
Na maioria das vezes os pacientes queixam-se de “falta de ar”, dor torácica, a qual piora com a respiração, dificuldade para respirar, em alguns casos, tosse com sangue (hemoptise), alterações da pressão arterial, taquicardia e inclusive, parada cardiocirculatória nos casos mais graves.
O quadro mais clássico costuma ser súbito, com aquele tipo de “falta de ar de uma vez”, de “uma hora pra outra”, ou seja, falta de ar súbita.
Como dito, esta doença grave (e potencialmente fatal) necessita do diagnóstico precoce e tratamento adequado. Geralmente o tratamento é feito com medicações anticoagulantes (na maioria das vezes podendo ser por via oral), porém com necessidade de seguimento ambulatorial com pneumologista (após receber alta hospitalar, quando foi caso de internação).
Em alguns casos o tratamento com Varfarina (Coumadin, Marevan) se faz necessária a realização de exames laboratoriais para avaliação da efetividade do tratamento (para ver o nível da anticoagulação), porém hoje em dia existem mais opções de medicações (os chamados Novos AntiCoagulantes Orais – NOACs), que quando bem indicados, não têm esta necessidade de realização de tanta coleta de exames de sangue, mas não substitui a importância do acompanhamento em consultas com pneumologista (geralmente por 6 meses, a ser avaliado o tempo de tratamento durante o acompanhamento especializado).